Os graves problemas que atingiram a produção de suínos na China, que tem comprado mais carne do Brasil e desabastecendo ainda mais o mercado brasileiro.
Estão distantes de acabar!
A crise da peste suína africana que levou a China a abater quase metade da sua vara de porcos, aumentando a demanda de importação da carne bovina brasileira, causa desabastecimento e aumento de preços em todo o Brasil.
Já que O Brasil é o único grande exportador capaz de suprir nesse momento o mercado chinês, torna a proteína tão apreciada pelos brazucas, caro e mais difícil de ter à mesa.
Com o preço da carne nas alturas alguns brasileiros não perdoam e criam memes nas redes sociais.
O meme do momento é o churrasco de ovo.
Brincadeiras a parte, o ubatense não anda nada feliz com o preço da "gordurosa" vendida nos açougues e mercados da cidade.
Nas ruas e em redes sociais as reclamações são diversas:
"É um absurdo o preço da carne chegar a esse patamar em Ubatã estão aproveitando as exportações para aumentar aqui também!"
"Ubatã agora exporta carne pra China é ?
Me dé uma garapa de limão, viu pae!"
"Esses empresários de Ubatã são um bando de gananciosos por isso que o comércio não vai para frente nessa cidade."
"O (grande) mata boi na fazenda dele e exporta pra china só pode!"
O site Ubatã Sul Notícias visitou açougues e mercados e ouviu os comerciantes que explicaram as razões que levaram ao aumento dos preços:
"O fornecedor aumentou os preços e tivemos que repassar essa é a realidade, não tivemos escolha já veio com esse aumento!"
"Carne de boa qualidade e de procedência tá vindo caro e não podemos fazer nada até os pequenos produtores estão reajustando os preços mesmo com o boi magro, não abriram mão do reajuste porque também ficou caro para eles engordar o gado e com o verão, os pastos secam e eles gastam mais com ração.
"Aqui em Ubatã não está tão caro quanto em outras cidades já recebi ligações até de Itabuna para separar carnes porque lá o preço da carne fresca é mais caro!"
Empresário também do agronegócio. O senhor Eugenildo Almeida Nunes, o Genildo ou o (GRANDE) como é chamado; Concedeu alguns minutos do seu tempo para explicar o que está acontecendo e rebateu as criticas:
Rapaz!.. Nós estamos em um mercado globalizado eu não produzo novilhas não!
Eu compro novilhas em outros estados, para engordar e revender, naturalmente quando o mercado é desabastecido, ai entra a lei da oferta e da procura. É esperado naturalmente que o preço do gado suba.
Houve aumento de vinte a trinta reais a saca de milho e outros custos para criação do rebanho. A gente vende o que compra. Você não compra um determinado produto que custa dez reais e vende por nove!
Hoje tem gado em São Paulo de 250, 270 nós estamos praticando ainda essa semana de 200 reais o kg, mas pode subir, não é culpa nossa não!
É preciso frisar novamente a lei da oferta e da procura e se tiver algum tipo de especulação, tenha a certeza que não está sendo feita por nós, já vem lá de cima!
Infelizmente uma parcela da população não entende como funciona o mercado e essa falta de conhecimento abre margem para acusações infundadas.
Puro desconhecimento, lamentável isso!
Essa situação é desconfortante para mim e para todos os nossos clientes. O consumidor final tem sua razão de reclamar realmente está caro e a tendência é de mais um aumento talvez nas próximas semanas, infelizmente.
O comercio de Ubatã ainda é o que sustenta o melhor preço comparados a outras cidades, Disse Genildo.
O comércio de Ubatã está tentando conquistar a confiança de seus clientes e fazendo o possível para adequar os preços para concorrer com as cidades vizinhas. Os açougues e supermercados estão fazendo promoções semanais.
A impressão que tive quando ouvi os empresários é que eles estão descontentes com os aumentos tanto quanto os consumidores.
O consumidor brasileiro tem o direito de recusar preços abusivos.
Nossos comerciantes são inteligentes e sabem que terão prejuízos se praticarem preços fora da realidade do mercado.
A lei da oferta e da procura pode sim ter um equilíbrio, só depende do consumidor ficar atento e se possível substituir o produto em escassez por outro, até o mercado se normalizar.
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