Dedicada a meu amigo Antônio Gordo (ou magro)
Cara, caiu uma chuva aqui no meu coração.
E não foi uma chuva qualquer.
Deve ter vindo do polo norte ou, quem sabe, do polo sul.
Só sei que gelou o coração do velho poeta.
E está querendo levar embora o meu sentimento, a minha tão preciosa emoção. Sem o que a poesia não vive. Não acontece.
E eu não sei viver sem ela.
Mas ainda me emocionam uma bela história, ou o belo voo de uma borboleta. Se for uma "oitenta e oito" melhor ainda.
Ou o desabrochar de um violeta num caqueiro aqui em casa.
Ou a risada de uma linda mulher.
Pode ser também o namoro dos passarinhos, ou os seus belos cantos.
De preferência no meu amado quintal.
As boas e românticas lembranças da distante juventude.
Dos amores perdidos. Das velhas canções.
Das serenatas na porta da mulher amada.
No friozinho da madrugada.
Do violão do meu amigo Medo.
De cantar, mesmo sem voz, e encantar a "minha linda namorada."
Não, mesmo que tenha chovido granizo no meu coração, ainda vou sobreviver para chorar as lágrimas sofridas, para cantar o amor e para viver as grandes emoções que a vida nos proporciona.
E, quem sabe, cantar as alegrias de viver, outra vez e para sempre.
Paulo Cabral Tavares
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