Hoje bolsonarista, Cézar Leite já defendeu regulamentação das drogas e políticas LGBT

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Saindo candidato a deputado estadual pelo PSC, o ex-vereador Cézar Leite, diferente da orientação do seu partido, que é de apoio à candidatura de ACM Neto, não para de divulgar apoio ao também candidato João Roma. 


Conhecida em 2018 como "Onda Bolsonaro", o fenômeno que elegeu diversos falsos apoiadores do presidente naquele ano, infelizmente, pode se repetir em 2022. Cézar tem levantado suspeita da sua fidelidade por tentar esconder o seu passado de apoio à ideologias esquerdistas e políticos que traíram o presidente. 


Chamado de "camaleão", Cezar iniciou a sua trajetória ao lado do Movimento Brasil Livre (MBL), que carrega no quadro de líderes os “traidores” da Direita brasileira como Kim Kataguiri e "Mamãe Falei". 


Em manifestações em Salvador, Cezar cansou de subir em trios elétricos com integrantes do grupo e, inclusive, tinha como um dos seus assessores políticos um dos líderes locais do movimento. Mesmo com tantos escândalos e traições ao presidente Bolsonaro, o MBL seguiu sendo um aliado do Leite. 


Se fomos voltar ao tempo, mais precisamente na época em que Cezar Leite era vereador de Salvador, vemos que ele se elegeu por um partido de esquerda: o PSDB. 


Antes mesmo de fazer parte do quadro "tucano",  o "bolsonarista" era filiado e presidente do Partido Verde (PV) na capital baiana. Isso mesmo. Cezar Leite era o líder maior do partido que defende as drogas e o aborto. 


Em 2017, Cesar disse que o futuro do Brasil passava por João Doria. Doria que se elegeu governador de São Paulo bradando apoio do presidente é que logo depois o traiu. 


Não satisfeito, em 2018, pouco antes da eleição presidencial, em uma entrevista a um jornal da capital baiana, rechaçou Bolsonaro por ele ter dificuldade em emitir "opiniões liberais", externalizando a sua veia esquerdista. 


Sempre pulando de galho em galho, Leite viu em Flávio Rocha, proprietário da rede de lojas de departamento Riachuelo, uma esperança, e tentou emplacar o ex-deputado federal como presidenciável. Ele ainda tentou se filiar ao partido Novo, de João Amoedo, ferrenho opositor a Bolsonaro.


Se dizendo cristão, Cezar Leite declarou que estaria na Lavagem do Senhor do Bonfim com as “bênçãos de oxalá”... e no mesmo ano se batizou na igreja evangélica.


Um pouco antes, em 2013, o PV, seu antigo partido realizou um seminário onde abordou temas como a Diversidade e a cirurgia de mudança de sexo. Pautas que são totalmente repudiadas pela Direita. 


Cezar agora é bolsonarista, mas não teve o apoio do presidente nem nas eleições municipais de 2020. Hoje ele diz que apoia o candidato ao Governo do Estado, João Roma, mas se filiou a um partido que já manifestou que, na Bahia, irá caminhar com ACM Neto.

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