Um vereador e um policial militar foram presos, na manhã desta quinta-feira (8), durante operação policial que investiga o assassinato de um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), na cidade de Ibotirama, no Oeste da Bahia. A vítima é Marcello Leite Fernandes, de 39 anos, executado por disparos de arma de fogo em julho deste ano. A Operação Petúnia é comandado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
“Durante esses 40 dias de investigação, conseguimos reunir elementos que fundamentaram pedidos de prisões e buscas. Levantamos as informações e identificamos desavenças entre os acusados e a vítima como possível motivação para o crime. As oitivas com os custodiados e a perícia nos materiais apreendidos serão fundamentais para a elucidação do caso”, explicou o diretor adjunto do DHPP, delegado Oscar Vieira.
Com os investigados, foram apreendidos três pistolas, celulares, documentos e computadores, além de diversas peças de motocicletas. Todo o material será encaminhado para a sede do DHPP, em Salvador, e posteriormente levado para o Departamento de Polícia Técnica. Um terceiro envolvido conseguiu fugir, e segue sendo procurado.
No dia do crime, a deputada Carla Zambelli (PL-SP) lamentou a morte de Marcello em seu perfil no Twitter e falou em crime político. O ex-secretário de Fomento à Cultura André Pociuncula, que é ex-policial militar, disse, em seu perfil no Twitter, que entrou em contato com policiais da região de Ibotirama e afirmou que há indícios de crime político no assassinato.
A deputada estadual Talita Oliveira (Republicanos) apresentou uma Moção de Pesar, na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), pelo assassinato do bolsonarista. “Marcello era conhecido no município de Ibotirama por fazer e movimentar a oposição ao PT, portanto, tudo indica que a execução teria sido ocasionada por motivação política”, afirmou Talita.
MEGAOPERAÇÃO:
Participam da megaoperação intitulada “Petúnia” o DHPP, policiais da Coordenação de Operações Especiais (COE), do Departamento de Inteligência da Polícia Civil (DIP) e do Departamento de Polícia do Interior (Depin), além da Superintendência de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública (SI/SSP), do Departamento de Polícia Técnica (DPT), do Ministério Público (MPBA), da Corregedoria da Polícia Militar e do Grupamento Aéreo (Graer) da PM.
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