Meus caros artistas da CANOA FORTE, habitantes dessa menina não mais tão moça, escrevo para lembrar alguns de vocês que se acham” FAZEDORES DE CULTURA” o quanto existe uma falta de conhecimento histórico dentro da história CULTURAL de UBATÃ.
Sabemos em tempos atuais o quanto financeiramente a arte vem recebendo incentivo financeiro, por outro lado, é de conhecimento de todos, as muitas burocracias para se ter direito a tais incentivos, onde as mesmas podem sim serem mais BRANDAS, sem muita pressão, suaves para poder chegar até aqueles artistas que fizerem de fato, e ainda fazem parte do legado cultural da cidade.
Capacitar-se em uma área, seja ela artística ou outras, é sim importante, porém! Não adianta ter diploma, formação, se prevalece um individualismo nas ideologias voltadas para LEI PAULO GUSTAVO, acredito e analiso que se partilharmos o que sabemos, com aqueles que vem de um tempo onde a arte não era tão acolhida por políticas públicas.
E mesmo assim faziam de fato e representavam artisticamente a cidade de UBATÃ, sabemos que muitos desses editais algumas normas podem, sim, serem não usadas pelos MUNICÍPIOS como critérios de escolha dos beneficiados, assim como temos artistas bem instruídos a fazerem um projeto.
Por outro lado, existem aqueles não capacitados e totalmente desprovidos de conhecimento, poderiam sim fazerem de fato uma união para a todos ajudar, mas percebo uma preocupação apenas com o financeiro individual por parte de algumas pessoas, de nada adianta tanto conhecimento sem o Dom da partilha.
Faço parte da história cultural de UBATÃ, assim como outros que aí residem ainda, e não estão ultrapassados, pois fazem arte em outros meios e lugares, e aprenderam a valorizar os seus talentos, minha arte sempre foi feita em Ubatã, e representada em outras cidades, diferente de muitos “ARTISTAS” que faziam e fazem arte em outros lugares sem o enaltecimento da MENINA MOÇA.
Alguns podem até não gostar de mim, mas esse fato não anulará minha contribuição para a cultura da cidade, e abertura de estradas para muitos outros grupos que surgiram e fizeram arte levando o nome da cidade para fora.
Não existe vitimismo quando o discurso é voltado para ajudar artistas, que nunca foram valorizados e de fato contemplados nesses projetos, se assim alguns pensam só demonstra o quanto mesquinho e paupérrimo, é o pensamento artístico de alguns em tempos atuais, como disse o saudoso Geraldo Vandré.
“ Vem vamos embora que esperar não é saber” saudade de uma arte unida onde acolhíamos e partilhávamos o saber e saberes de cada um, hoje resido fora de Ubatã a anos, tenho uma vida estabilizada mesmo assim, me preocupo com amigos artistas invisibilizados pelas políticas, e políticos e alguns pseudos artistas desse lugar. Calcemos sandálias da humildade, pois quando o meu for velho, o teu será novo.
PAULO KATURA
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