A monilíase do cacaueiro, causada pelo fungo Moniliophthora roreri, é uma das maiores ameaças à produção de cacau e cupuaçu na América Latina e já atinge o Brasil desde 2021. A doença compromete frutos em todas as fases de desenvolvimento, causando prejuízos significativos à economia agrícola e colocando em risco uma cadeia produtiva de bilhões de reais.
Conforme o auditor fiscal federal agropecuário Antonio Zózimo de Matos Costa, a doença tem avançado rapidamente no país, favorecida por condições climáticas ideais, como alta umidade e temperaturas entre 24 °C e 28 °C. O fungo é altamente transmissível, com esporos que se espalham pelo vento, chuva, animais e até mesmo pelo transporte humano.
Para conter a ameaça, o Ministério da Agricultura e Pecuária implementou o Plano Nacional de Prevenção e Vigilância, regulamentado pela Instrução Normativa 112/2020. Entre as ações recomendadas estão a remoção semanal de frutos infectados, aplicação de fungicidas, controle biológico e o uso de materiais genéticos resistentes. Além disso, a educação fitossanitária e a capacitação de produtores têm sido fundamentais para ampliar a conscientização sobre a doença.
A Bahia, estado que concentra 95% do cacau brasileiro, é especialmente vulnerável. Com 380 mil hectares de cultivo, a produção de cacau gera mais de 250 mil empregos e movimenta R$ 3,4 bilhões anuais. “Proteger essa cadeia produtiva é essencial para a economia, o turismo e a cultura local”, alerta Zózimo.
Em caso de suspeita da doença, autoridades orientam isolar a área afetada, evitar a remoção de frutos e acionar imediatamente os órgãos fitossanitários. A adoção de procedimentos de biossegurança é considerada imprescindível para conter a disseminação do fungo e proteger a produção nacional de cacau e seus derivados.
Produtores e especialistas reforçam que, diante da gravidade da monilíase, a união de esforços entre governo, agricultores e sociedade é a chave para preservar a saúde do setor e a qualidade dos produtos brasileiros.
Por isso a importância da palestra realizada na manhã desta quarta-feria, 27, na Câmara de vereadores de Ubatã. Onde também foram distribuídas cartilhas que orientam os agricultores como prevenir a monilíase do Cacaueiro, que se mostra muito agressiva as frutos.
A secretaria de Agricultura, Sindicato Rural de Ubatã e a CEPLAC está unido forças para informar, combater e apoiar os produtores rurais contra essa praga.
(Ubatã Sul)
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