Uma mulher de 34 anos, identificada como Lindiane Rufino Soares, foi assassinada a facadas na noite de domingo (5), em um condomínio no bairro de São Marcos, em Salvador. O principal suspeito do crime é seu companheiro, Gilmar Correia, que foi preso na madrugada desta segunda-feira (6) enquanto tentava fugir.
De acordo com informações da Polícia Civil, o crime aconteceu em um apartamento localizado na Estrada do Mandu, onde Lindiane havia se encontrado com Gilmar após um período de desentendimentos. A família da vítima informou que o casal estava em conflito desde o início de janeiro, quando uma discussão motivada por ciúmes deu início a uma sequência de brigas. Apesar disso, Lindiane aceitou o pedido de reconciliação feito por Gilmar.
O irmão da vítima, Felipe Soares, relatou que Gilmar teria agido de forma premeditada. Segundo ele, o suspeito pediu folga no trabalho com a desculpa de resolver problemas pessoais e, ao chegar na casa de Lindiane, enviou a filha dela, de apenas 10 anos, para a casa de uma parente. "Ele já foi com a cabeça pensada. Minha irmã, sem imaginar nada, preparou almoço e lanche para eles. Mas ele bebeu muito e usou drogas. Já sabia o que ia fazer", lamentou Felipe.
Após cometer o crime, Gilmar tentou fugir ao chamar um carro por aplicativo. O motorista, ao perceber que o homem estava com as roupas ensanguentadas, recusou a corrida. "Ele ainda tentou esfaquear o motorista, mas não conseguiu porque o homem escapou levando a chave do carro", contou o irmão da vítima.
A tentativa de fuga foi frustrada por uma policial militar que estava de folga e passava próximo ao Barradão, estádio do Vitória. Ao notar Gilmar sujo de sangue e falando palavras desconexas, ela realizou a abordagem e o prendeu em flagrante.
A família de Lindiane está em choque e pede por justiça. "Ele parecia bom no começo, mas depois ficou ciumento e mudou completamente. O que levou ele a fazer isso foram as drogas e o ciúme. Ele é um monstro. Minha irmã não merecia isso", desabafou Felipe.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Gilmar Correia permanece preso e deve responder por feminicídio, um crime qualificado por razões de gênero.
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